Grupo literário Chá do Pinto fecha a agenda anual com sarau do amigo-secreto

O grupo de amigos leitores e escritores do Chá do Pinto, fechou sua agenda de saraus do ano 2025, na noite de sábado, 01/11, com a tradicional brincadeira do amigo-secreto (amigo-livro) com troca de livros dos autores da casa, prometendo retornar em 2026 com novidades.

 

O evento literário rapidamente virou referência na cidade, e tudo começou como uma reunião despretensiosa, em meados do ano, com três casais de escritores. Foi tomando proporções e diversidade e se transformando num sarau delicioso onde a poesia e a palavra, abriram espaço para outras artes como cinema, além da gastronomia regional contemporânea, o chá tradicional de ervas e sucos amazônicos, o bom vinho, o que acabou por alcançar uma média de mais de 20 literatos e leitores nos últimos meses.

Amigo-livro

O sarau de despedida de 2025, foi uma noite de efemérides memorável, no anfiteatro Dionisíaco, no pátio da casa do casal dos anfitriões, o professor emérito e escritor Joao Pinto e Elis Rebelo, celebrando o fechamento dos trabalhos do ano marcante para as histórias dos participantes, um ambiente de lançamentos e compartilhamento de boa literatura.

 

Pinto destaca que o crescimento do evento se deve em parte a criação do espaço Chá do Pinto. “E também, é de muita importância, o grupo inicial, com Hélito Chué, o Nelson Castro]m e a Janete Melo, e a gente [grupo curador] organizar as pautas de cada um antes da realização”. Ele ressalta que o local tem sido providêncial, e a estratégia de um amigo convidar outro, a cada reunião, e assim formar a cadeia de trazer os novatos.

Com a boa curadoria do poeta e editor Nelson Castro [editora Metaphora], um experiente profissional das letras e um dos fundadores do grupo literário Clube Literário do Amazonas (CLAM), em atividade há 30 anos. A estratégia de levar autores convidados e as performances de recitações, tem sido o ponto alto dos encontros. O grupo em uma rede social já chegou a 38 participantes, e aumentando a cada encontro, conta com nomes conhecidos como: Rojefferson Moraes, Celestino “Lé” Neto, Everaldo Nascimento, Márcia Antonelli, Bjarne Furtado, LuísLemos…

 

O princípio

O poeta e editor, Nelson Castro, do grupo inicial explica que a nomenclatura Chá, pode se classificar em confraria, um nome genérico. “O Chá do Pinto foi fundado oficialmente em 13 de abril deste ano e o primeiro encontro oficial, 3 de abril”. A origem do chá vem do convite do João Pinto a alguns amigos para tomar um chá na casa dele – diferente por exemplo do chá do Armando, que é uma metáfora para o encontro literário. “O chá do Pinto é literal, era para tomar um chá mesmo [capim santo]. Aí ele fazia um pãozinho, que usa somente os ingredientes naturais”.

Continua Castro: “E numa dessas, eu fui convidado por estar editando a obra do Hélito”. Completando assim a trinca de casais: o Hélito Chué e Sônia Sarkis, Castro e Jane, e o Pinto e Elis. “E passados alguns meses nos encontramos de novo, os três casais e um convidado, e escritor Aguinaldo Figueiredo”, uma visita habitual da casa do Pinto. “Então, fora esse grupo inicial, foram sendo convidados o escritor e imortal, Pedro Lindoso, o jornalista e escritor, Cristóvão Nonato, o historiador Coronel Roberto Mendonça e a Luquésia Lemos.

“Então, essa proposta a gente continua querendo manter, que é a prioridade dos casais, mas tem os artistas como atrações, tem o escritor e os poetas convidados”, diz. Mas, para participar não precisa ser casado ou casal, e a presença dos familiares é que o grupo do chá preserva: “essa questão mesmo familiar, de ter lá as crianças, os netos e filhos de alguns convidados”, finaliza Castro.

Fotos e texto: Cristóvão Nonato

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