Um vídeo foi lançado pela Fundação Cecon nas redes sociais e grupos de WhatsApp com a própria chefe do Cepcolu, dra. Mônica Bandeira, chamando e orientando as mulheres para realizarem exames preventivos ao câncer de colo de útero e realização de pequena cirurgia de conização.

A nova campanha de publicidade lançada pela Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), no mês de agosto, com o objetivo de chamar as mulheres para serem atendidas pelo Centro Avançado de Prevenção ao Câncer do Colo do Útero do Amazonas (Cepcolu), a mais nova arma que o governo do Amazonas para tentar reduzir os números alarmantes e trágicos de morte por câncer de colo, que lidera o ranking nacional com média de 23,22 óbitos por mês, e 281 vidas de mulheres ceifadas por ano, nos últimos 11 anos.

O Cepcolu foi inaugurado em 10 de março deste ano, anexo ao complexo da FCecon, e até o mês de agosto ja atendeu 413 mulheres, com realização de conizações, depois de fazer os exames preventivos ou já encaminhadas com exames realizados pelo sistema regulador de saúde (Sisreg).
Estes números iniciais estão muito abaixo da capacidade de atender a demanda do estado que é ainda alarmante, segundo conta a chefe do Cepcolu, dra.Mônica Bandeira de Melo. “Hoje, dispomos de 11 ginecologistas dos quais sete foram contratados para o Cepcolu, e nossa capacidade de atendimento saltou de 500 conizacoes por ano para 2 mil e 500 cirurgias”, tanto para mulheres que procuram a FCecon, ou encaminhadas pelo serviço público, ou ainda, que tenham planos de saúde particular. “Nao existe nenhum tipo de diferencial”, afirma Mônica.
A dra. Mônica Bandeira é uma ativista na luta pelo combate à grande tragédia que é o câncer de colo no Amazonas, ela diz ser uma tragédia 100% evitável, apontando que em 2025 o estado ainda é um celeiro da doença. “É inacreditável, pois é uma doença de prevenção primária fácil com a vacina Hpv para meninas e meninos dos 9 aos 14 anos, de dose única, gratuita, segura e eficaz”, e tem também a prevenção secundária com a realização de exames de preventivo e teste Hpv com biopsia; e agora, a forma terciária chega com o tratamento das inflamações pré-cancerosas detectadas na prevenção secundária.
No vídeo a dra. Mônica usando sua imagem pública, orienta as mulheres que procurem as unidades de saúde do serviço público ou particular mais próximo de sua residência para a realização do exame preventivo, ou que busquem o serviço de triagem da FCecon, para realizar os exames, e posteriormente e necessário serem atendidas para o procedimento de conizacao no Cepcolu.
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Cepcolu
O Centro Avançado de Prevenção ao Câncer de Colo do Útero (Cepcolu), é um hispital dia com serviço ampliado de atendimento, anexo a FCecon, composto de 4 salas cirúrgicas, 4 consultórios e enfermaria com cinco leitos para recuperação pos-anestesia, onde são feitas as conizações que são as cirurgias de pequeno porte, onde as pacientes são internadas e recebem alta no mesmo dia. O centro é resultado da luta de vários profissionais, e acampada pelo atual diretor da FCecon, Gerson Mourão.

Campanha antivacina
Falando sobre suas expectativas em mais esta nova tentativa de combate ao câncer de colo, a chefe do Cepcolu diz que: “A minha expectativa é que a gente verdadeiramente comece a enfrentar essa tragédia, que é uma mulher morrer a cada um dia e meio nesse estado, por conta de uma doença que é 100% evitável”. Ela lembra que tem a vacina desde 2003 que chegou no Brasil, e tem sido uma briga para uma quantidade maior da meninada ser vacinada, e se protejam contra os principais tipos de HPV que causam câncer. “Mas, essa que é a questão, a gente tem esse movimento Antivacina que é extremamente prejudicial. Por questões religiosas culturais,
enfim, falta de informação mesmo”. Ela conta que a vacina contra o HPV não vai estimular nenhuma menina a iniciar sua vida sexual, não existe nenhuma possibilidade. “E, é isso afinal, ela é fabricada por um pedacinho da capinha do vírus do HPV. Não tem nenhuma conotação sexual. Pelo contrário. Infelizmente, a gente ainda encontra muito essa questão”, ressalta a médica.
Fotos: Caio Di Biasi e Alex Pazuello
Texto: Cristóvão Nonato




