Instituto Geoglifos apresenta achados arqueológicos no Amazonas

A apresentação da descoberta e estudos paleontológicos foram feitos, na quinta-feira, 22/5, pela direção do Instituto Geoglifos da Amazônia, na sede do Instituto do Patrimonio Historico e Artistico Nacional (IPHAN).

O aumento do desmatamento leva risco de degradação desses desenhos enormes feitos no solo, e ao mesmo tempo revelam sua presença no solo amazônico, há milhares de anos. Os cientistas alertam para a importância de proteger e estudar esses locais, que podem trazer respostas importantes sobre as antigas civilizações, do mesmo periodo dos Maias.

O período calculado de que estes povos teriam habitado a região fica entre aproximadamente 1000 a.C. e 1300 d.C., ou seja, desde cerca de mil anos antes de Cristo até dois séculos antes da chegada dos portugueses ao Brasil.

Os estudos das descobertas sugerem que a Amazônia foi ocupada por sociedades densas e organizadas, com sofisticadas técnicas de manejo da paisagem.

A Descoberta

Os primeiros registros dessas estruturas datam da década de 1970, durante o Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas da Bacia Amazônica (Pronapaba), que identificou oito geoglifos no estado do Acre.

A equipe de estudos do Instituto Geoglifos da Amazônia é composta por pesquisadores como a Dra. Denise Schaan, o Dr. Alceu Ranzi e o Dr. Martti Pãarssinen, e a partir dos anos 2000 que esses sítios passaram a receber maior atenção da comunidade científica e da mídia, impulsionando investigações sistemáticas.

As pesquisas revelaram que os geoglifos são testemunhos arqueológicos importantes do passado indígena da Amazônia, contestando antigos paradigmas que apresentavam a região como um espaço inabitado e pouco modificado antes da colonização europeia.

Os geoglifos

São desenhos gigantes feitos no chão, formados por valas e pequenas paredes de terra que criam formas geométricas, como círculos, quadrados e linhas, e estão espalhados por várias partes da Amazônia, principalmente nos estados do Acre, Amazonas e Rondônia.

As pesquisas revelam que o número de sítios identificados segue crescendo, e cada vez mais, mostram as complexas sociedades pré-coloniais que habitaram a floresta amazônica e deixando evidente a necessidade urgente de proteção desse patrimônio histórico diante do avanço das atividades humanas e da degradação ambiental.

Foto: Divulgação/Valter Calheiros.

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